terça-feira, 27 de maio de 2014

Mantendo a Tradição Viva


4 pratos típicos da culinária gaúcha para manter a tradição

Se alguém perguntar qual o prato típico da culinária gaúcha, certamente vai escutar "churrasco" como resposta. Até, porque, não há quem hesite em saborear uma bela picanha assada por um gaúcho, certo? Contudo, esse não é o único prato do Rio Grande do Sul que merece atenção.
Com influências de espanhóis, portugueses, índios e, principalmente de alemães e italianos, a gastronomia sulista esbanja sabores e aromas variados. É fácil encontrar restaurantes que sirvam polenta, galeto, massas, arroz com especiarias, carnes defumadas, linguiças e, até mesmo, cucas e pães. Pensando nessa variedade gastronômica do Sul, separamos as receitas de 4 pratos típicos da culinária gaúcha, que são essenciais para manter viva a tradição. Confira!
Carreteiro
O arroz  de carreteiro, como também é chamado, compõe a tradicional mesa gaúcha. Feito, na maioria das vezes, com charque (carne salgada e seca ao sol, de modo que ela desidrate e seja possível mantê-la própria para o consumo por tempo prolongado), é um prato bastante saboroso e prático.
Um dia antes do preparo, deixe o charque de molho, trocando a água de tempo em tempo, para retirar o excesso de sal. Corte o charque em pequenos cubos e frite em uma panela de ferro já aquecida, por 10 minutos, até que a gordura solte da carne. Acrescente cebola, alho, tomate picado e refogue. Após, coloque o arroz na panela e mexa. Acrescente água para cobrir o arroz, mexa novamente e tampe a panela, deixando o arroz cozinhar. Em poucos minutos estará pronto. Na hora de servir, coloque cheiro-verde e ovo cozido picado por cima do carreteiro. Tu não vais te arrepender!
Arroz de China Pobre
Este é um dos mais famosos pratos da Semana Farroupilha e que cai muito bem aos domingos em família. Semelhante ao carreteiro, o Arroz de China Pobre é cozido em panela de ferro, com os mesmo ingredientes, porém no lugar do charque é usado linguiça.
A história dessa iguaria é um tanto peculiar, mas rende boas risadas à mesa:  China é uma denominação gaúcha às garotas de programa. Causos da tradição narram que, na época da  Revolução Farroupilha, essas mulheres não tinham muito para servir aos clientes e, então, o prato mais comum entre elas era esse arroz, que acabou sendo denominado como o arroz das chinas pobres. Saboroso, de pobre tem nada!
Aqueça uma panela de ferro com banha de porco ou óleo e frite a cebola, o alho, e a linguiça cortada em pedaços pequenos. Após dourar os ingredientes, cubra com água quente e adicione sal. Deixe cozinhar com a tampa fechada até que a água seque. Há também quem  prefira este prato mais “molhadinho” e, para isso, basta apagar o fogo antes da água secar por completo. Por fim, adicione temperos e sal a gosto.

Quibebe
Conhecido ainda por pirão de abóbora, o quibebe é uma receita bastante presente na culinária gaúcha. Basicamente, é um purê de abóbora temperado com alho, pimenta, cebola, salsinha e sal.
Esse prato tem origem na Angola e, ao chegar no Rio Grande do Sul, foi adaptado para a cozinha local com o uso do charque na receita. Há quem use guisado, tornando a receita mais prática.
Em uma panela, aqueça o azeite e refogue uma cebola picada. Adicione a abóbora cortada em cubos, o tempero pronto e a água fervente. Cubra a panela com a tampa e deixe cozinhar em fogo baixo, mexendo para que não grude na panela. Acrescente sal, pimenta do reino e uma pitada de açúcar. Assim que a abóbora ficar cremosa, sirva!
Ambrosia assada
Com sabor de doce de leite e um toque cítrico, essa sobremesa tem longa tradição nas mesas gaúchas.
Enquanto separa os ingredientes, deixe ligado o forno em temperatura média. Em uma panela de ferro ou de fundo grosso, leve ao fogo a mistura e, assim que levantar fervura, reserve. Bata os ovos e as gemas em uma batedeira. Em uma peneira, junte os ovos e o açúcar até ficar homogêneo. Adicione, pouco a pouco, o leite morno, mexendo com uma espátula. Acrescente o suco de limão e bata mais um pouco, até ficar homogêneo. Despeje o doce em uma assadeira e leve para assar, em forno médio, por cerca de duas horas ou até o creme cozinhar. Retire do forno e sirva. Se preferir, deixe esfriar e decore com canela em pau.


Com essas dicas, certamente, a cultura gaúcha vai permanecer na tua mesa. Se gostaste ou tens alguma sugestão, deixa o teu comentário abaixo!

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Sensacional!!

Alpargatas e Bombachas: De onde surgiram essas ideias?

Tu podes até não usar, mas, certamente, já viste muito gaúcho vestindo as famosas bombachas e as cômodas alpargatas. Tem quem ache a vestimenta um pouco fora de moda, mas, também, há quem goste bastante do conforto proporcionado por esse conjunto, que compõe o traje do gaúcho tradicionalista, mas que anda atraindo olhares até dos mais modernos. Provavelmente tu já deves ter te perguntado de onde veio essa tendência, né? Pensando nisso, separamos algumas curiosidades sobre a origem e o uso das bombachas e das alpargatas. Confira!

Bombacha: da Crimeia ao Sul

A Origem da bombacha tem algumas versões, mas uns dos primeiros usuários dessa indumentária foram os "Zuavos". Esse grupo de soldados árabes, que estavam sob o domínio francês, vestiam a bombacha como uniforme de guerra. Muito se popularizou durante a Guerra da Crimeia, no século XIX.
Confeccionada também na Inglaterra, ganhou notoriedade a partir de uma feminista americana, que utilizava a calça larga, dando o nome "Bloomer" ao item. De lá, se popularizou na Rússia e na Espanha.
Em algumas versões da história, a chegada da bombacha à América do Sul deu-se por conta de seu mercado ter fechado no leste europeu. Já na América Latina, o folclore aponta para a origem da vestimenta a partir dos espanhóis, que trazida pelos Maragatos, os quais povoaram, entre outros territórios, as regiões uruguaias de São José e Santa Luzia, teve bastante notoriedade durante a Guerra dos Farrapos.
Nos pampas gaúcho, a bombacha também era uma alternativa para cobrir as calças puídas. Apesar das variadas conclusões sobre sua origem, este item permanece até hoje na vestimenta de muitas pessoas, principalmente nas dos gaúchos tradicionalistas.
Clique aqui:

Customizada e fashion

Apesar de ser uma vestimenta popular entre os homens, as bombachas têm ganhado preferência entre as mulheres. Com algumas modificações e customizações, a calça tradicional passou a se chamar “saruel” ou, também, "saruel-abombachadas", uma variação fashionista do item. Assim, do pampa, ela passou a ser vista nas passarelas, nas ruas e, até mesmo, no seu lugar de origem – usada como uniforme.

Alpargatas: sapatilhas francesas

As alpargatas aparecem em diversas épocas da história mundial. Muitas remetem ao período industrial e outras à década de 1980, quando ganhou popularidade na França. Nesse período, os calçados eram utilizados por trabalhadores de docas locais, mas foi somente na Espanha que ele passou a ser integrado à vestimenta do dia a dia.
Contudo, a alpargata fez história no Rio Grande do Sul, por conta dos gaúchos que trabalhavam no campo e não possuiam dinheiro para comprar botas de couro.
O calçado popular no Sul também é bastante conhecido na Argentina e no Uruguai, devido à histórica Guerra dos Farrapos. Assim, passou a ser um acessório fundamental no traje dos gaúchos tradicionalistas.
Clique Aqui:

Popularidade e diversidade

Normalmente feitas de tecido leve e com um solado de cordas, as alpargatas ganharam diversos modelos novos. E, ultimamente, não são só os gaúchos pilchados que utilizam o calçado. Coloridos, estampados e, até com sola de borracha, elas conquistaram a todos e todas, passando a ser um item prático e básico.


Se tu gostaste do post, não esqueça de deixar o teu comentário abaixo! Valem curiosidades, dúvidas ou sugestões de assunto.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

PRESERVANDO A TRADIÇÃO LONGE DE CASA

5 maneiras de preservar a tradição gaúcha em outras cidades

Poucas regiões do Brasil valorizam tanto sua história e suas tradições como o Rio Grande do Sul. Com uma série de características específicas, que tornam os gaúchos um tanto diferenciados do restante do país, a cultura desse povo é motivo de orgulho para qualquer pessoa que tenha se criado lá.
Por esse motivo, quando gaúchos se mudam para outros estados, se torna inevitável a saudade da culinária, do chimarrão, das festas tradicionais e da vestimenta tão peculiar. Mas há formas de amenizar este distanciamento, preservando a cultura rio-grandense mesmo em outras regiões. Veja a seguir 5 tradições gaúchas que você pode manter onde quer que esteja!

Chimarrão

A bebida mais tradicional do Rio Grande do Sul trata-se de um mate amargo, servido em uma cuia feita de porongo e bebida por meio de uma bomba de metal. Como a dieta gaúcha normalmente é rica em carne, o chimarrão tem propriedades desintoxicantes e digestivas. Tradicionalmente, esta bebida é tomada a qualquer hora e em qualquer lugar, mas em geral com uma roda de amigos, de forma que a cuia vai sendo abastecida de água quente e passada cheia para que cada pessoa beba até o final – como dizem no Rio Grande do Sul: você só devolve a cuia depois que ela roncar. http://www.gauchosonline.com.br/chimarrao-ct-2-358050.htm

Culinária

Como no Rio Grande do Sul o clima é muitas vezes frio, especialmente nos pampas, uma culinária rica em calorias acaba sendo a preferência. São muito comuns, portanto, as carnes gordas e as sopas. Além disso, o churrasco é o prato típico do gaúcho, seguido do arroz carreteiro, que é feito com charque (carne seca).

Centro de Tradições Gaúchas (CTG)

O CTG é normalmente um galpão grande, onde ocorrem festas, bailes, concursos culturais e diversas atividades ligadas à cultura e ao folclore gaúcho. Neste ambiente, as vestimentas devem ser tradicionais, as músicas são tocadas ao som de sanfonas (conhecidas no sul como “gaitas”) e a dança típica é o vanerão. O chimarrão também está presente, assim como um bom churrasco.
Esses locais já existem em outros estados além do RS e servem justamente para preservar a tradição gaúcha. Por meio da integração social que ali ocorre, os costumes se consolidam mesmo que os participantes estejam longe da sua terra.

Vestimentas

É difícil ver um gaúcho da cidade vestido como manda a cultura no seu dia a dia. No entanto, na realidade do campo e nas comemorações tradicionais que ocorrem na cidade, tanto homens como mulheres devem vestir-se pilchados, ou seja, com a indumentária tradicional.
Para os homens, isso significa, especialmente, usar bombacha, uma calça larga, mas apertada por botões junto ao tornozelo. E para as mulheres, o vestido de prenda é o oficial.

Semana Farroupilha

Se reconhece facilmente um gaúcho quando ele comemora a Semana Farroupilha. Esta festa cívica é celebrada do dia 14 ao dia 20 de setembro, em homenagem à Revolução Farroupilha.
Esta revolução foi responsável por fundar a cultura gaúcha, de modo que, durante a Semana Farroupilha, se relembram os ideais de liberdade, igualdade e humanidade que permearam essa fase histórica. No entanto, desde o dia 7 de setembro, o gaúcho já começa as festividades no chamado Acampamento Farroupilha. Reúnem-se centenas de piquetes organizados por grupos tradicionalistas e se cultivam os hábitos da cultura gaúcha, como o chimarrão, o churrasco, as vestimentas tradicionais e as músicas regionalistas.
Mesmo fora do Rio Grande do Sul, muitos gaúchos se reúnem nesta época para comemorar e relembrar as tradições. Assim, levam a cultura gaúcha a outros lugares e preservam suas raízes.

E você, como mantem viva a tradição gaúcha fora do Rio Grande do Sul? Compartilhe com a gente os seus costumes nos comentários abaixo!